quarta-feira, 26 de setembro de 2012

  A árvore

Todos amam seus animais de estimação e a eles dedicam grande parte do tempo e de dinheiro também;

Isto é muito bom, pois assim se exercita a prática do cuidar, de amar e de receber muito amor destes bichinhos.

Apresento-lhes um ser, que não late nem corre, mas que podem dar melhor qualidade de vida para todos nós, além de embelezar muito nossos caminhos. ´

É a árvore.

Ela também precisa de nossa atenção. Não deixemos que a maltratem. Elas precisam de muito respeito pois sem elas, nem estaríamos vivendo mais, pois o oxigênio que respiramos ficaria irrespirável causando assim a nossa própria morte. Isto parece assustador não acham?

Essas majestosas árvores podem tornar-se assustadoras se por exemplo tombarem sobre nós.

Só que tem solução, pois o lugar delas está sendo tomado por calçadas estreitas, cimentam suas raízes as impedindo de respirar. O que significa isto? Significa que as pessoas em seu corre-core, nem as enxergam mais, e olha que elas se apresentam à nossa frente ora com cachos de flores maravilhosas e ora agonizantes de tantos maltratos.

Cuidemos delas, cuidemos muito delas para que sejam sempre nossas amigas. O retorno é muito compensador.

Vejam estes jardins belíssimos, criados por importantes paisagistas. Como eles enchem nossos olhos de beleza e alegria de poder estar ali naquele momento.

Precisamos começar a abrir mais espaço e caminhos para que as árvores cresçam independentes, sem precisar de podas constantes, que se emoldurem por si próprias, pois a beleza natural de uma árvore não se iguala a nenhuma estética criada pelos humanos.

É isso aí meus amigos, saudemos a árvore não como um ser vivo apenas, mas como uma aliada para a melhoria de nossa vida!

quarta-feira, 14 de maio de 2008

O ornitorrinco revoltado

(www.canalkids.com.br/.../ornitorrinco.gif)







Aqui vai uma nova historinha para vocês, amiguinhos!


Nossa história começa no dia em que nasceu um ornitorrinquinho que tinha uma inteligência bem acima da média de seus irmãozinhos e parentes da mesma raça.

Primeiro, para vocês entenderem bem que tipo de animalzinho é este vou transcrever a explicação dada pelo "canal kids" :

"Ornithorynchus anatinus, ou para os íntimos, ornitorrinco, é o mamífero menos parecido com um mamífero que existe.

Provavelmente, é também o bicho mais esquisito. Dizem que a existência desse animal confuso é a prova de que Deus tem senso de humor! Veja por que: o ornitorrinco vive na água, tem um bico parecido com o do pato, bota ovos, é mamífero e ainda por cima, venenoso!

Para se locomover na água, os ornitorrincos possuem quatro grandes patas que funcionam como nadadeiras: entre os dedos do bicho existem membranas que empurram a água. O seu rabo é longo e achatado como de um peixe.

Apesar de se alimentarem de leite, os filhotes não mamam pois as fêmeas do ornitorrinco não possuem tetas. O leite escorre das glândulas mamárias que ficam no peito da fêmea, e os filhotinhos lambem o leite que se acumula nos pêlos da região do peito da mãe. O ornitorrinco macho tem uma espécie de garra venenosa nas patas traseiras; ele fica com mais ou menos 40 centímetros de comprimento quando vira adulto.

Os ornitorrincos vivem principalmente na Austrália e na Tasmânia, onde moram em lagos e pequenos rios. Nessas encostas eles fazem suas tocas, onde os filhotes ficam protegidos. É um animal tipicamente australiano."


A Australia é um país que fica no hemisfério sul do planeta Terra, parece uma grande ilha em lilás no mapa mundi, fica no continente Oceania. (Aproveite e saiba mais sobre os países da Oceania no Wikipedia da internet. Vocês vão ficar mais sabidos.)

A Tasmânia fica neste pedaço de terra abaixo da Austrália, quase colada a ela.



Tem mais uma curiosidade, o ornitorrinco é pequenininho.

Alimenta-se de girinos, crustáceos, vermes e peixinhos. Embora passe a maior do tempo na água, o ornitorrinco cava sua toca na margem.

A fêmea cava uma toca de até 1,80 m de comprimento, onde choca seus ovos. Ela amamenta os filhotes durante quatro meses.

Os filhotes têm menos de 2,5 cm ao nascer, e chegam a 30 ou 40cm de comprimento antes de serem desmamados.

Até que são interessantes e por serem tão raros e quase em extinção é que devemos prestar atenção na história do recém-nascido ornitorrinco. Porque será que ele vai ficar revoltado?

(img148.imageshack.us/img148/7607/ornitoog3.jpg)


Olá criançada, olha eu aí, vocês vão ver como eu tenho razão de ficar revoltado. Argh!

Como vocês sabem, os animais que vivem na natureza não têm nome, só os domesticados é que recebem um nome de seu dono, como os cãezinhos, coelhinhos, gatinhos, cavalinhos, etc.

Mas a verdade é que eles sempre serão o que eles realmente são, uns bichinhos.

Nosso ornitorrinco é um ornitorrinco e pronto!

Embora tenha nascido assim, este já dava para perceber que era diferente dos outros, pois tinha muita curiosidade em conhecer tudo. Não era só conhecer que ele queria, queria também saber os porquês de tudo.

Advinhem! Assim que cresceu um pouquinho já começou a especular sua mãe.

Primeiro quis saber por que sua família vivia sempre escondida nas tocas que seus pais faziam.

Sua mãe dizia que era para a segurança de todos. Têm muitos animais ferozes pela região e têm muitos humanos curiosos também, querendo nos levar para os zoológicos do mundo.

Acontece que só conseguimos viver aqui, pois aqui é o nosso lugar, dizia sempre sua mãe.

Não contente, ele queria saber por que ele nunca via a luz do sol. Os ornitorrincos são animais noturnos que habitam rios e cursos de água. Além disso são semi-aquáticos pois encontram alimentos no fundo dos rios.


Sua mãezinha mais uma vez lhe dizia que eles deveriam ser sempre muito cautelosos e que à noite a maioria dos animais, inclusos os humanos, costumam dormir.
(www.geocities.com/.../Fotos/ornitorrinco.jpg)
Justamente neste período eles tinham um pouco mais de liberdade para passear, brincar e se alimentar.

Certa vez, bem no meio de uma noite enluarada, ele se viu refletido na água e aí começou a ficar revoltado com sua aparência.

Ele chamou sua mãe e perguntou o que significava aquilo? Quem afinal era ele?
Um patinho?
Não.

Será que sou um jacaré?
Não.
Talvez uma lontra?
Não.

Já sei, sou uma foca de água-doce?
Também não.

Este meu bico não tem nada a ver. Esta cauda então, menos ainda. E minhas nadadeiras?
(animaleseinsectos.iespana.es/ornitorrinco.jpg)

Sua mãe o chamou de lado e começou a contar sua história calmamente.

Meu filho, ela disse, nossa família existe no mundo praticamente desde que ele foi criado. Isto significa que estamos aqui há milhões de anos.

Fique sabendo que muitas espécies de animais já nem existem mais devido às catástrofes que aconteceram no passado, aos predadores que existiam ou às mudanças climáticas.

Isto aconteceu com os dinossauros que eram muito grandes e aparecidos demais.

Hoje eles são estudados somente através dos esqueletos que sobraram por aí.

Quanto a nós, aqui estamos sãos e salvos graças à nossa grande capacidade de adaptação.

Somos de tudo um pouco. Somos quadrúpedes pois temos quatro pernas. Podemos andar na terra ou nadar no fundo do rio. É verdade que não conseguimos nadar na superfície da água, mas o que importa isto se no fundo somos velozes como os peixes.

Para nos movimentarmos na água possuímos quatro grandes patas que funcionam como nadadeiras.

Somos também mamíferos e temos o sangue quente, o que significa que répteis jamais o seremos.
Nosso rabo é longo e achatado como o dos castores (mede cerca de 15 cm).

Nós os ornitorrincos somos excelentes nadadores e conseguimos ficar debaixo da água durante 5 minutos!

Quando mergulhamos, nossos olhos e narinas ficam protegidos por uma espécie de bolsa que nos deixa cegos e surdos. Isto não importa pois nos locomovemos com perfeição.

Nossas nadadeiras parecem um pouco com os pés dos patos, assim como nosso bico. De patos não temos nada, posso lhe garantir. Eles tem só duas patas e seu bico é parecido com o nosso com formato diferente.

Nosso bico é único, meu filho, exclusivo e inimitável!

Você quer mais vantagens ainda de ser um ornitorrinco?
Nosso nome, meu filho! Temos um nome único e exclusivo também. Quem aprende a falar nosso nome, jamais o esquecerá.

Nossa aparência é tão marcante que podemos até ser imitados em bichinhos de pelúcia. Ficamos muito simpáticos às crianças.

Somos muito bravos com certeza e anti sociais, não queremos amizade com ninguém. Dizem que nosso veneno é dos mais doloridos do mundo. Os animais que mexem conosco pagam com a própria vida.

O ornitorrinquinho revoltado, olhou para sua mãe e disse que não estava achando muita graça em ser um ornitorrinco pois além de esdrúxulos ainda tinham veneno!

Começou a pensar em como mudar a situação. Tanto a sua própria, quanto à de seus semelhantes. Tinha vontade de sair pelo mundo, fazer amigos, ver a luz do sol, poder caminhar durante o dia para longe dali sem ser importunado.

Achava muito chato não ter parentes em outros países.

E agora? Será que nosso amiguinho vai conseguir sair dessa? Isto fica para outra história pois agora que vocês conhecem um pouco mais da vida difícil destes animaizinhos, talvez eles possam ser mais compreendidos e alguma coisa possa ser feita para evitar a sua extinção.

Não só a extinção desta pequena espécie, mas a de muitos outras deste lindo mundo que vivemos. Cuidando bem dele, estamos cuidando de nós próprios.

(www.canalkids.com.br/.../ornitorrinco.gif)
Assim acaba mais uma historia dedicada aos meus queridos netinhos e a todas crianças que serão as protagonistas de um futuro melhor.



Como são lindas, não acham?


Onde quer que a gente vá, lá estão elas em nosso caminho.

Seja no campo, nas estradas ou na cidade.

Às vezes até nos passam despercebidas.

Vocês já perceberam que além de nos enfeitar o caminho, nos dão sombra, ar puro para respirar.

Tem gente que reclama das folhas mortas, falam que sujam seu quintal ou seu jardim. Só que elas não sabem que até as folhas secas são úteis para adubar a terra que novamente nos dará mais alegrias. Isto sem falar dos incontáveis frutos provenientes desses maravilhosos seres.

Vejam estas que florecem. São a prova viva que Deus nos ama demais, para compartilhar conosco tanta beleza. Tantas cores diferentes, tamanhos diferentes, frutos diferentes, tudo para nos provar que o mundo é bem variado, sendo que todas espécies tanto de animais, quanto de vegetais têm um valor enorme.

Assim somos nós também, diferentes mas todos lindos demais e úteis demais para a humanidade.











Tem algumas que nos dão até medo, isto principalmente se a vemos de noite. Ficam misteriosamente assustadoras. Embora isto aconteça, são nossas amigas, servindo até de refúgio.

Já imaginaram construir uma casinha no alto de uma árvore? Toda criança gostaria de ter uma. Os parques de diversão deveriam ter, não acham? Vejam o tamanho desta árvore aí em baixo, não é assustadora?
Vocês vão ler muitas historinhas em que elas aparecem, pois sou apaixonada por estes seres da natureza, e também vão encontrar aqui notícias sobre estas nossas amigas, as árvores.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

001- A Majestade da Majestosa





Era uma vez uma sementinha do tamanho de uma ervilha que estava havia muito tempo sobre uma areia branquinha, pertinho do mar.

Ali ela ficava vendo as pessoas passando de cá para lá, e de lá para cá. Via também os animaizinhos que se aproximavam dela, cheiravam, alguns até a colocavam na boca, mas logo a cuspiam para longe pois sentiam que não tinha gosto de nada.

Assim ela ficava, um dia aqui, outro um pouco mais para ali, indo e vindo, sentindo como deveria ser bom poder se locomover, saltitar, correr ou mesmo só participar deste mundo de um modo mais ativo.

O tempo foi passando, passando, e a sementinha sempre ali, desejando que sua pequena vidinha servisse para alguma coisa melhor que essa sua vidinha tão sem sentido.

A esperança de que um dia sua vida pudesse mudar é que a mantinha cheia de vida em seu interior.

Numa tarde quente de verão, o céu de repente se transformou, encheu-se de nuvens pesadas e negras, fazendo uma escuridão tremenda.

Uma ventania muito forte subitamente começou a soprar, levantando muita poeira e jogando para os ares muitos galhos, papéis jogados pelo chão. Lá se foi nossa sementinha pelos ares, juntamente com muito lixo, girando, girando dentro de um redemoinho.

Nossa, parecia o fim do mundo, aquele vento todo não a deixava ver nada, tudo ficou muito cinza. O que será de mim agora, pensava a sementinha enquanto girava, girava, subindo cada vez mais alto em direção às nuvens.

De repente, ouviu um estrondo muito forte e logo a seguir um trovão ensurdecedor cortando os ares.
Começou a chover, chover muito e a sementinha começou a rodopiar, caindo vertiginosamente em direção ao solo novamente. Ela pensava : -"Onde será que estou indo, ou melhor caindo?"


Zummmm! zummm! Era tudo que ela ouvia, rodopiando sem parar até que após alguns instantes, pum! Caía por fim na terra.

Caía também a água da chuva sobre ela, uma chuva muito forte, tão forte que a empurrava para baixo da terra, cada vez mais fundo.

Pobrezinha da nossa sementinha, já não via mais nada. Só sentia aquela água passando por ela sem parar. Agora estava tudo escuro e a pobrezinha não entendia por que aquilo tinha acontecido justamente com ela que sempre foi tão cheia de sonhos.

Era uma escuridão completa. O silêncio também era total. A única coisa boa que lhe acontecia neste momento era aquele frescor da água passando por ela.

Novamente a sementinha se sentiu sozinha e ficou ali por mais algum tempo até que um dia percebeu que algo estava acontecendo com ela. O que seria isso? Percebeu que perninhas começavam a aparecer embaixo dela. Devem ser raízes pensou ela. Agora tenho raízes! Que coisa boa! Vou virar uma plantinha, como aquelas que conheci na época em que estava sobre a areia.

Via aquelas plantinhas balançando suas folhas , algumas se coloriam na primavera para alegrar quem as via. Como será que vou ser? Terei eu cores na primavera? Vou ser baixinha, magrinha ou gordinha? Ela não tinha a menor idéia da aparência que iria ter. Afinal não tinha nenhuma plantinha por perto para lhe dizer isso.

O tempo foi passando, passando e a sementinha foi pouco a pouco se transformando numa plantinha que foi se desenrolando, desenrolando até conseguir romper a terra que estava acima dela e se projetar para cima.

Sempre com o olhar para cima, a sementinha se sentiu muito feliz em poder continuar a crescer, subindo, subindo em direção às alturas.

Logo já se notava uma pequena arvorezinha com folhas muito verdes e brilhantes.

Suas folhas eram muito resistentes e abriam-se rapidamente, uma após a outra. Tinham uma tonalidade verde-escuro e eram tão lustrosas que até parecia que alguém passava por ali todos os dias para lhes dar o lustro.

Logo a plantinha começou a ver que onde ela crescia era um terreno muito grande com um enorme matagal a cercando. Notou também que não muito longe dali viam-se casas e mais casas. Era um bairro residencial.

Certo dia, escutou um barulho de motores de carros e caminhões se aproximando. Os caminhões estavam apinhados de gente. Olhando bem percebeu que eram homens vestindo macacões azuis carregando enxadas e foices.

- “Aonde estaria indo aquela gente toda, com tanta animação?

Não demorou muito para ela ver que rapidamente eles desciam dos carros e caminhões e começavam a se aproximar cada vez mais dela.

-“Nossa!” - disse um deles. -”Vamos ter muito trabalho por aqui!”

-”Atenção!” - gritou bem alto um homenzarrão de terno azul-marinho, parecendo estar muito elegante para a ocasião. Ele acabara de descer de um dos carros e começou a falar bem alto para que todos os homens de macacão azul pudessem ouvir:

-”As ordens são para vocês deixarem este terreno bem limpinho, pois aqui vai ser feita uma praça para as crianças do bairro brincarem.”

Os homens começaram a retirar o mato alto que encobria o solo, passando as foices de um lado para o outro.

Só se ouvia o zunir da lâmina cortando o mato bem rente ao chão. Logo em seguida vinha um outro trabalhador com uma enxada retirando as raízes por inteiro, deixando aparecer a terra original do terreno.

Assim continuaram a limpar o terreno até que se aproximaram da nossa sementinha, agora uma plantinha, ou melhor uma arvorezinha e pararam admirados diante dela.

-”Senhor, senhor....venha até aqui.”, disseram dois homens ao mesmo tempo.

O homem elegante, de terno azul-marinho se aproximou devagarzinho e ficou parado junto aos dois homens que o chamaram olhando fixamente para nossa arvorezinha da história.

-” Olhe senhor, com seus próprios olhos, o que acha desta pequena árvore?”

- “É muito jovem ainda, devemos arrancá-la e jogá-la junto ao mato que já ceifamos?”

O homem, olhou, olhou, e admirado pela beleza daquela plantinha tão novinha, pensou:

-”Esta árvore está bem no centro do terreno, acredito que não vá atrapalhar as obras da praça que será construída por aqui.”

Pensando isso, gritou bem alto: -”Venham todos aqui!”- tenho algo para lhes falar.

Continuou: - “Temos aqui uma pequena árvore, vamos dar-lhe uma chance de crescer um pouco mais. Pode ser que venha a ser uma árvore que dê alguma sombra às crianças que por aqui passarem.“

-”Portanto, continuem limpando o terreno sem tocar nesta arvorezinha.”

Dizendo isso, se afastou deixando os trabalhadores continuarem o seu trabalho.

À tardezinha, já quase noite, os homens foram embora deixando o terreno bem limpinho. O chão agora era marrom contrastando com o marrom-claro do tronco da nossa árvore e com o verde-escuro de suas folhas brilhantes.

Agora a árvore tinha um visão completa de seu novo lar. Ela sentia-se importante e responsável pela futura sombra que poderia dar às pessoas que por ali passassem.

Cada dia que passava, notava que mais folhas lhe apareciam e seu tronco continuava a subir cada vez mais alto. Agora ela começava a ficar mais encorpada, lançando galhinhos para todos os lados.

A praça começou a ser construída à sua volta. Já se via alguns bancos espalhados pelo local. Ruazinhas iam sendo feitas para as pessoas passearem ou para as crianças circularem com seus velocípedes ou patinetes.

Iam-se fazendo calçadas ao redor de todo o terreno e um cercado de ferro colorido foi colocado ao redor do tronco de nossa árvore.

E a nossa árvore continuava crescendo, sem parar, tanto para cima quanto para os lados.

Será que ela não vai parar de crescer nunca, diziam as crianças olhando para ela.

Realmente, nossa árvore estava ficando muito grande, diferente das outras perto dali. Suas folhas continuavam cada vez mais grossas, redondas e brilhantes.

Aquela praça tornava-se mágica à medida que o sol ia se pondo, pois seus raios transmitiam luz ao tocar as folhas da árvore.

Nossa árvore agora sentia-se muito orgulhosa de poder transformar os raios do sol em mais luz ainda, através do reflexo de suas folhas.

Assim que a praça ficou pronta, veio até uma banda tocar sob a copa da árvore. Estava inaugurada a praça. Pronto. A praça agora pertencia ao povo. Nossa árvore também.

Dia, após dia, vinham pessoas para debaixo da árvore a fim de usufruir de sua sombra e ali descansar um pouco. Eram crianças com sua mamães ou babás e velhinhos e velhinhas que encontravam um pouco de paz na sua sombra.

Logo muitas flores cresceram embaixo dela, abrigadas dos fortes e quentes raios solares. Desenvolveram-se tanto que lançavam aos borbotões seus cachos de flores por sobre a relva.

Logo a praça ficou muito famosa pela beleza que transmitia.

Portanto, aquela sementinha solitária, tornou-se inspiração para muitos, ensinando às crianças através de sua frondosa copa o quanto devemos respeitar essas nossas companheiras de vida ...por sua majestosa majestade, as árvores.


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